Não contei se foram 9 canções, mas teve bastante sexo mesmo. Sim, eram 9 canções de rock'n roll e sim, havia drogas no filme também. Parece que mostrar cruamente a famosa tríade foi a intenção do diretor Michael Winterbottom através de um roteiro superficial, sem pretensão, em um filme excessivamente pretencioso. Mérito à fotografia que ficou realmente sensual e às cenas de sexo bem melhores (mas não tão longas) às dos pornôs habituais, mas não se trata de um pornô, talvez 'erótico' seja a melhor definição. Analisando por esse espectro creio que o filme é dos bons, há tempos que os pornôs não me tentavam como tal, sim, sentimentos libidinósos, imagens voluptuósas e um instinto devasso me acometeram.
O que mais destaca além do sexo são as imagens de show de um punhado de bandas de rock contemporâneas, nada de espetacular mas com boas escolhas como os Von Bondies, Franz Ferdinand e os Black Rebel Motorcycle. Podemos dizer certamente que as drogas ficaram em terceiro plano, mas definir o que ficou no 1° e no 2° plano, rock ou sexo, tornou-se uma árdua tarefa pois o filme é totalmente descontextualizado, as alternâncias entre cenas de sexo, cenas de shows e cenas de um cotidiano estúpido (talvez tanto ou mais quanto o meu e o seu) não ganham vida e um sentido único, o que torna o espectador frustrado. O espectador que estiver interessado em sexo terá sua libido interrompida por shows de rock, o que estiver contentado com as músicas terá que assistir à um pornô e quem espera um drama não o terá. Sem contar a atuação fraca das personagens para cenas que não sejam de vai-vem.
Mas nem tudo está perdido, além de ser um estimulador e manual sexual, o filme é excelente para chamar aquela gatinha rockeira para um filminho e fatura-la na primeira noite. (dependendo do pudor da mina, claro, mas se ela roqueira mesmo não deve haver pudores. Por isso não tente com posers, vc sairá literalmente frustrado)
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