Sunday, February 19, 2006

Ao meu pai e minha avó.

Poeminha expresso, nem ficou tão mau...


Como é ter e ser e ser e não ter?
Por medidas descabidas de apego
À coisas recônditas e floridas
Por muitas vezes vem feridas
Ao lar onde estou

Me induzi por caminhos finitos
Coisas de um desatino da vida
Que levou tudo que queria e ria
Para um lugar que não encontraria
Coisa parecida

Tentei, tento e tentarei por um
Intento da saudade recuperar tudo
Depois que você voltar, hei colocar
Num frasco chumbado de aço, lacrado
Como meu coração

Tornou-se quase que inviolável esse ser
Que não edifica nada antes de destruir
Tudo que venha a se tornar algo maior
Do que aquilo que me fez construir

1 comment:

Anonymous said...

Pra quem te conhece, isso é tão você. Pra que sabe um pouco do que te faz medo, ler esse poema é uma vitória!